22 de agosto de 2024
compartilhe
INPI lança Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento 2024
No dia 5 de agosto, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) publicou a 1ª edição de seu Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID). Segundo o INPI, o documento constitui um mapa completo e atual da inovação no Brasil, revelando o desempenho dos ecossistemas locais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) sob diferentes perspectivas. Dentre seus objetivos, está retratar o cenário da inovação no Brasil por meio de um indicador sintético oficial de referência, evidenciando potencialidades e desafios sob uma ótica regional; além de fornecer métricas detalhadas sobre o desempenho da inovação das unidades da federação (UFs) e regiões do Brasil. Ademais, visa identificar os líderes nacionais e regionais da inovação, classificando as UFs com base em critérios que incluem os resultados do processo inovativo e os fatores que o influenciam.
O relatório está dividido em 4 eixos principais, sendo: a visão geral; a visão por tema; a visão geográfica; e os anexos. Primeiro, a visão geral traça um cenário amplo da inovação no Brasil, identificando os líderes nacionais/regionais e principais desafios e potencialidades dos estados. Aqui, o IBID destaca a liderança dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul como as economias mais inovadoras do Brasil.
Depois, observa que Sudeste e Sul concentram a inovação no país, uma vez que sete das oito primeiras posições no ranking geral são ocupadas pelos estados dessas regiões. Nesse aspecto, embora a região Nordeste tenha ficado na parte inferior do ranking geral, as economias nordestinas apresentaram desempenho em inovação acima do esperado em relação ao nível de renda. Assim, como líderes de inovação por região tem-se: São Paulo (1º Sudeste e campeão nacional); Santa Catarina (1º Sul e 2º ranking geral); Distrito Federal (1º Centro-oeste e 7º ranking geral); Rio Grande do Norte (1º Nordeste e 11º ranking geral); Tocantins (1º Norte e 19º ranking geral).
Na segunda parte, o objetivo é fornecer um índice multidimensional que consolide 74 indicadores em 7 pilares e 21 dimensões, permitindo a comparação geral e a de cada área entre as macrorregiões e as UFs do país. Segundo o IBID, essa avaliação permite, por um lado, destacar as áreas com maiores defasagens para os padrões nacionais e, por outro, identificar as potencialidades e as soluções vivenciadas por outros territórios.
Para isso, os sete pilares de inovação considerados são: instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia e economia criativa. Por exemplo, o pilar do conhecimento e tecnologia abrange as variáveis que são tradicionalmente consideradas como frutos de invenções e/ou inovações, referindo-se à criação de conhecimento e difusão tecnológica, e incluindo indicadores que medem o resultado e o impacto de atividades inventivas e inovadoras, como, patentes, transferência de tecnologia, startups e produção científica. Já o critério da economia criativa avalia a função da criatividade para a inovação, sinalizando a capacidade de criação de negócios disruptivos, abrangendo indicadores de marcas e demais ativos de PI relacionados à agregação de valor e criatividade de uma economia, bem como o ambiente digital que a impulsiona.
Mais adiante, a terceira parte reúne a análise anterior em regiões, baseando-se na pontuação média ponderada, pelo PIB per capita, do IBID de todas as UFs que integram determinada região. A partir daí, constatou-se que o Sudeste lidera como a região mais inovadora do Brasil, seguida pelo Sul, que tem seus 3 estados no rol dos 5 mais inovadores do país. Também, o Sudeste lidera em todos os pilares de inovação, exceto em ‘Instituições’, cuja primeira posição na categoria cabe ao Sul. De outro lado, o último colocado regional do IBID é o Norte, que concentra o maior número de economias (4) entre aquelas que possuem pior posição no quadro de classificação geral.
Por fim, a última parte do índice dedica-se a explicar a metodologia utilizada na construção do documento, no caso, a mesma usada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em seu Índice Global de Inovação. Ainda, elucida os métodos de cálculo dos índices elementares, traz o glossário de fontes para os indicadores analisados e as referências bibliográficas utilizadas.
O índice do INPI pode ser acessado pelo link: Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento 2024