Mulheres brasileiras cientistas e inventoras que fizeram história

Mulheres brasileiras cientistas e inventoras que fizeram história

O que o escorredor de arroz e o orelhão têm em comum? Esses dois objetos foram inventados por mulheres brasileiras. Uma das principais tecnologias que revolucionaram a agricultura nacional e o primeiro sequenciamento do Coronavírus no Brasil foram pesquisas realizadas por cientistas, também mulheres brasileiras. Traz-se hoje os feitos de algumas das muitas mulheres, cientistas e inventoras brasileiras, que ajudaram a inovar e a construir a ciência em nosso país.

Johanna Döbereiner (1924-2000): Nascida na Checoslováquia e naturalizada brasileira, era engenheira agrônoma e foi pesquisadora do Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e do CNPq. Especializada em biologia do solo, revolucionou a agricultuta nacional, por meio do estudo da fixação biológica de nitrogênio em leguminosas tropicais, suas pesquisas ajudaram a tornar o Brasil um dos maiores produtores de soja do mundo. Cientista de renome internacional, chegou a ser indicada para o Prêmio Nobel de Química, em 1997.

Chu Ming Silveira (1941-1997): Chinesa e naturalizada brasileira, viveu no país desde os 10 anos de idade. Arquiteta, projetou o orelhão em 1971, quando trabalhava na Companhia Telefônica Brasileira (CTB), onde assumiu a responsabilidade de criar um protetor para telefones públicos. Sua criação foi protegida como modelo industrial e como modelo de utilidade pela CTB e os primeiros modelos produzidos levavam o nome de Chu I e Chu II, em homenagem à inventora.

Elisa Frota Pessoa (1921-2018): Natural do Rio de Janeiro, foi uma das três primeiras mulheres a se formar em Física no Brasil, em 1942, na UFRJ. Concentrou suas pesquisas na área de radioatividade. Foi uma das fundadoras, em 1949, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Ao longo de sua carreira, suas pesquisas confirmaram teorias importantes na área.

Ester Sabino (1960- ) e Jaqueline Goes de Jesus (1989-): Cientistas da USP – Ester, Faculdade de Medicina e Jaqueline, Instituto de Medicina Tropical –, coordenaram o projeto de sequenciamento genético do primeiro genoma do Coronavírus identificado no Brasil, após 48 horas da confirmação do primeiro caso no país. Tal feito impressionou pela rapidez em comparação ao tempo levado para a realização dos primeiros sequenciamentos por equipes de outros países. Ester é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e tem, ainda, pesquisas na área de HIV e doença de Chagas. Jaqueline também fez parte da equipe que pesquisou o sequenciamento genético do vírus Zika.

Therezinha Beatriz Zorowich (1933-): Nascida em São Paulo, era cirurgiã dentista, mas se tornou conhecida por inventar o escorredor de arroz, visando solucionar o problema de entupimento da pia de sua cozinha com os grãos que escapavam quando da lavagem do arroz. Seu invento foi patenteado e licenciado para a empresa Trol S/A, da qual passou a receber royalties pelas vendas do produto inovador.

Mais informações em: https://www.embrapa.br/johanna-dobereiner/quem-foi; https://www.orelhao.arq.br/; https://netleland.net/hsampa/ppardal/; https://www.abc.org.br/membro/elisa-esther-maia-frota-pessoa/; https://www.abc.org.br/membro/ester-cerdeira-sabino/; https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/704746/jaqueline-goes-de-jesus/