20 de maio de 2025
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INPI divulga séria histórica do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento, abrangendo dados entre 2014 e 2024
No dia 12 de maio de 2025, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) publicou a série histórica 2014-2024 do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID). O relatório, intitulado “Inovação e Desenvolvimento: uma reflexão estratégica à luz da correlação entre IBID, PIB e IDH”, apresenta uma análise dos dados coletados ao longo de 10 anos para verificar o desempenho dos estados e regiões do Brasil no âmbito da inovação, sob uma perspectiva temporal contínua. Além de identificar tendências e ciclos da inovação, o documento também examina sua correlação com outros fatores, como o desenvolvimento socioeconômico.
No documento, o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foram utilizados para representar o desenvolvimento, enquanto o IBID foi empregado para medir o desempenho da inovação nos estados. Para comparar os três índices, foi utilizado o modelo de correlação de Pearson, uma ferramenta que analisa a relação entre duas variáveis por meio de um valor numérico que varia entre “-1 e +1”.
As estatísticas demonstraram correlação positiva entre IBID e IDH (0,75), e entre IBID e PIB (0,60). Um alto índice de inovação (IBID) tende a resultar em crescimento econômico (PIB), pois negócios inovadores geralmente aumentam a produtividade, reduzem custos e ampliam a renda. Da mesma forma, a inovação impulsiona fatores como saúde, segurança e mobilidade, de forma que um IBID elevado impacta positivamente no IDH.
No que tange à identificação do desempenho dos estados e regiões no campo da inovação ao longo do tempo, o relatório apresenta uma análise dividida em IBID Geral, IBID-Contexto e IBID-Resultado. No IBID Geral, as mesmas sete Unidades da Federação compõem o ranking das economias mais inovadoras do país na última década, com São Paulo mantendo-se no topo. As regiões Sul e Sudeste ocupam os seis primeiros lugares da lista, com exceção do Espírito Santo, que varia entre a oitava e a nona posição. Já o Centro-Oeste posiciona-se na faixa intermediária, seguido pelas regiões Nordeste e Norte. De 2014 a 2018, o segundo lugar da lista era ocupado pelo Rio de Janeiro, que a partir de 2019 passou a figurar entre o terceiro e o quinto lugar nos anos seguintes. Nesse mesmo ano, o Paraná, que em 2014 ocupava o sexto lugar, subiu para a segunda posição, sendo sucedido por Santa Catarina nos anos posteriores.
Ainda com relação ao IBID Geral, no âmbito das regiões, com exceção da região norte, que apresenta maior alternância entre os estados, o estudo indica que os líderes regionais em inovação são mantidos na maior parte da década analisada: Sudeste (São Paulo, desde 2014), Centro-Oeste (Distrito Federal, desde 2014), Sul (Santa Catarina, desde 2020) e Nordeste (Rio Grande do Norte, desde 2021).
Em relação ao IBID-Contexto, indicador que avalia os fatores estruturais que tornam um estado ou região mais ou menos propício à inovação, as regiões Sudeste e Sul mantêm as primeiras posições nos rankings anuais entre os estados brasileiros ao longo de toda a década. Em comparação com o IBID Geral, observa-se uma melhora no desempenho relativo da região Centro-Oeste.
Sob a perspectiva regional, São Paulo lidera no Sudeste e o Distrito Federal no Centro-Oeste em toda a série histórica. No Sul, Santa Catarina consolida-se como a principal economia inovadora a partir de 2020. Já no Nordeste, o Rio Grande do Norte assume a liderança regional desde 2021, enquanto no Norte, o Tocantins ocupa essa posição a partir de 2021.
Quanto ao IBID-Resultado, que mensura diretamente os resultados gerados pelas atividades de inovação, os estados das regiões Sudeste e Sul continuam ocupando as posições mais altas nos rankings anuais ao longo de toda a série histórica. Comparado ao ranking do IBID Geral, o IBID-Resultado indica um melhor desempenho das economias do Nordeste.
Assim, no contexto do IBID-Resultado, no panorama regional, São Paulo e o Distrito Federal seguem na liderança no Sudeste e no Centro-Oeste, respectivamente ao longo da década. No Sul, Santa Catarina assume a primeira colocação a partir de 2020. No Nordeste, Pernambuco mantém a liderança desde 2015. Na região Norte, os estados do Amazonas e de Rondônia alternam-se na liderança regional ao longo da série histórica.
O relatório pode ser acessado através do link: Inovação e Desenvolvimento: uma reflexão estratégica à luz da correlação entre IBID, PIB e IDH